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Supervisor de ensino é morto a tiros na zona leste de SP

Crime acontece um dia depois de uma escola da região ser fechada após briga entre estudantes

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Um dia depois de uma escola ser fechada por uma briga de alunos, um supervisor de ensino da Coordenadoria da Educação foi morto a tiros. O crime aconteceu na manhã desta quinta-feira, 13, em Guaianases, na zona leste. De acordo com informações iniciais da Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 8h30, quando o supervisor chegava à coordenadoria e um suspeito passou atirando. Ele conseguiu fugir e não foi preso até a tarde desta quinta. Veja também:Alunos brigam, trancam professores e quebram escola na zona leste de SP  Só neste ano, 50 ocorrências desse tipo  Para especialistas, educar é melhor do que punir     Na quarta, uma briga fechou a Escola Estadual Amadeu Amaral, no Belém, também na zona leste. Os estudantes começaram a depredar o colégio, por volta das 9h40. Pedras e carteiras foram arremessadas nos vidros, portas arrombadas, tapas e socos fizeram os professores, acuados, se trancarem dentro de uma sala. A "rebelião" só terminou por volta das 12 horas com a entrada da PM, acionada por vizinhos e funcionários da unidade. Em meio à correria, adolescentes de 5ª a 8ª séries choravam e gritavam e a diretora da escola desmaiou, segundo testemunhas. U., uma aluna de 15 anos que teria sido pivô da confusão, ficou levemente ferida. Funcionários da escola apontam a existência de um grupo chamado Primeiro Comando do Amadeu Amaral (PCAA) como responsável pelo tumulto e de outros ocorridos este ano. André Pimentel, delegado titular do 81ºDP, afirma que a escola apresenta um histórico de brigas e depredações. Um inquérito foi instaurado, mas, segundo o delegado, não há gangues agindo na escola. Na segunda, um professor relatou à reportagem que houve tentativa de incêndio da escola por parte dos alunos, o que fez todos serem liberados mais cedo. José Carlos Alves, de 44 anos, pai de uma aluna do ensino médio conta que sua filha chegou a ligar de dentro da sala, pedindo para ele buscá-la. "Ela me ligou desesperada, falando que queriam colocar fogo na escola. Desse jeito não dá mais. E hoje (quarta) soube por um parente que outra confusão acontecia no colégio."

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