
23 de janeiro de 2014 | 02h05
Para o professor Gonçalo Vecina, da USP, o modelo de prova não avalia o recém-formado em sua totalidade. "Nós sabemos as limitações de testes de múltipla escolha. As respostas não devem ser sempre um 'rotundo' sim nem um 'rotundo' não", opina. Segundo ele, os alunos também deveriam passar por uma avaliação prática.
Apesar das críticas, o Cremesp quer transformar o exame em uma prova nacional, que sirva para todos os recém-formados. "O objetivo é implementar no Brasil um exame único, tanto para brasileiros como para estrangeiros", explica o presidente do conselho, João Ladislau Rosa.
A ideia é que o Revalida e o exame do Cremesp fossem substituídos por uma única avaliação, nos moldes do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "A vantagem é que teremos profissionais com um padrão mínimo para atender a população. Quem não alcançasse os critérios básicos, não poderia exercer a Medicina. Nossa meta é proteger a sociedade", defende Ayer.
Hoje, mesmo quem é "reprovado" no Cremesp pode exercer a profissão. Com a criação de uma prova nacional, o conselho defende que apenas aqueles que atingissem 60% de acertos no exame poderiam exercer a Medicina.
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