
13 de outubro de 2011 | 03h02
A capital deverá ter dez "biciclotecas" - as bibliotecas sobre bikes que circulam pela cidade emprestando livros a moradores de rua.
Criação de Robson Mendonça, ex-morador de rua, o projeto ganhou novo impulso depois do apoio de empresas interessadas em ajudar Mendonça com a doação de livros ou bicicletas.
No mês passado, a primeira bicicloteca de Mendonça - que tem cerca de 200 livros, um gravador de DVD e uma agenda pessoal - foi roubada no centro de São Paulo, o que levou uma editora a fazer a primeira doação para aquisição de um novo equipamento.
Outra empresa prometeu comprar outras nove bicicletas para levar o projeto a mais regiões da capital - atualmente, ele fica restrito ao centro.
Segundo o presidente do Instituto Mobilidade Verde, Lincoln Paiva, a doação ainda está sendo negociada com a empresa e, por isso, o instituto não divulgará a origem do patrocínio. "A intenção é colocar outras três biciclotecas no centro, uma no Campo Limpo e outra no M'Boi Mirim (ambos na zona sul)", diz Paiva, para quem o desafio será encontrar alguém que se disponha "a circular pela cidade emprestando livros".
Mendonça será o responsável pelas bikes do centro. "Mesmo os que não sabem ler ainda conseguem encontrar uma história nos livros que emprestamos", diz ele, animado.
Ontem, o senador Eduardo Suplicy (PT) foi à bicicloteca doar exemplares de seu livro sobre renda mínima. / L.C.
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