SP terá residência para estudantes de licenciatura

Governo quer que alunos acompanhem trabalho do professor dentro da sala de aula a partir do 3º ano do magistério

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Por Redação
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O governo paulista anunciou ontem o programa Residência Educacional. Inspirado no modelo da residência médica, a ideia é possibilitar que estudantes dos cursos de licenciatura possam vivenciar a realidade do magistério já a partir do 3.º semestre de formação. Eles vão acompanhar, nas salas de aula, o trabalho dos professores dos ensinos fundamental e médio. Com previsão de início já no segundo semestre, o programa vai oferecer 10.396 vagas em 1.392 escolas estaduais consideradas de maior vulnerabilidade social e de aprendizagem. Os bolsistas receberão bolsas de R$ 420 e auxílio-transporte de R$ 180. Para participar, é preciso ser aprovado em uma prova sobre conhecimentos gerais, Português e Matemática. As inscrições para o exame começam na próxima semana.Para o secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald, a residência vai favorecer tanto o aluno da educação básica, que terá mais acompanhamento em sala de aula, quanto o futuro professor, que tem terminado a licenciatura carente de experiência prática. "Como reitor (Voorwald dirigiu a Unesp até 2011), eu sei que as universidades estão distantes da escola. O universitário precisa de uma pitada de realidade e a residência lhe dará isso", afirmou.A diretora executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, acredita que, se o aluno levar à universidade as situações que vivenciar no estágio, já será um passo para uma maior interação entre academia e atividade profissional. Ela alerta, no entanto, para o critério de seleção das escolas. "Se o programa é formativo, a atuação do residente não deveria ser em escolas com baixo rendimento, e sim naquelas com práticas inovadoras de ensino e boa formação pedagógica. / OCIMARA BALMANT

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