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SP tem 40 geriatras para atender 780 mil pessoas

Por Edison Veiga , Filipe Vilicic e Vitor Hugo Brandalise
Atualização:

A maioria dos hospitais privados da cidade oferece modernos equipamentos para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças ligadas à idade. A rede pública, por sua vez, não tem nem de longe a mesma estrutura. Exemplo disso é o número de geriatras. São 40 para atender a 780 mil idosos que usam o Sistema Único de Saúde (SUS).A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere um médico especializado para cada mil pacientes. Ou seja, a rede pública da capital teria de multiplicar seu quadro de geriatras em quase 20 vezes. Não há previsão, no governo do Estado ou na Prefeitura, de novos concursos públicos para essa especialidade."Os problemas começam com atendimento de prevenção, que deveria ser feito nas AMAs (Atendimento Médico Ambulatorial)", diz o médico Luiz Antônio Gil, diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. "O diagnóstico das doenças também é malfeito, por haver poucos centros de referência. A ineficiência de prevenção e diagnóstico acaba lotando os hospitais."Para atender aos idosos da capital, existem oito Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursi). Também é responsabilidade da rede municipal o atendimento básico ao idoso, realizado nas 434 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou nas 115 AMAs. No Hospital das Clínicas, o tempo de espera para ocupar um dos 17 leitos geriátricos existentes é de três semanas. "Ainda, bastante defasados", reconhece o geriatra Wilson Jacob Filho, diretor do Serviço de Geriatria do HC. "Vamos duplicar a capacidade até o fim do ano, mas é algo incipiente diante das necessidades."

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