
30 de novembro de 2011 | 03h02
Uma forte chuva atingiu a capital paulista na tarde de ontem e deixou a cidade em estado de atenção das 16h05 às 18h20. No Sul do País, por outro lado, os Estados registram períodos de estiagem.
A tempestade causou 19 pontos de alagamento, quatro deles intransitáveis, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). A zona oeste foi a mais afetada, com 12 pontos - apenas a Marginal do Pinheiros concentrou três.
O impacto no trânsito foi direto. Às 19h, pouco após o fim da chuva, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 140 km de lentidão, índice bastante acima da média para o horário, de 114 km. A queda de árvores também voltou a ser problema. Pelo menos cinco foram registradas, duas na zona sul, duas na leste e uma no centro.
Por volta das 20 horas, a capital tinha 34 semáforos apagados e 19 em amarelo intermitente. Outros 10 estavam com problemas por causa da falta de energia elétrica.
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul, ficou fechado por 30 minutos, das 17h07 às 17h37, momento em que foram retomados os pousos e as decolagens. Às 19 horas, segundo dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), das 199 partidas previstas, 17 (8,5%) atrasaram e 10 (5%) foram canceladas.
Choveu forte também na Grande São Paulo, especialmente em Embu e Itapecerica da Serra. Franco da Rocha e Francisco Morato registraram pancadas de chuva moderadas.
A previsão é que chova forte novamente hoje. A temperatura vai subir e a máxima pode chegar a 30°C na capital paulista durante a tarde.
Operação Verão. A partir de amanhã, equipes da Defesa Civil estão prontas para a ação em 129 municípios paulistas mais propensos a sofrer os efeitos das chuvas. Embora a previsão dos meteorologistas seja de chuvas dentro da média nos próximos três meses, há expectativa de temporais, acompanhados de raios e rajadas de vento em quase todo o Estado. O principal foco da Operação Verão da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, que segue até o dia 21 de março de 2012, é a prevenção de deslizamentos.
Sul. No Rio Grande do Sul, a estiagem é o problema. O mês de novembro deverá terminar como um dos mais secos da história na região de Caixas do Sul, onde agricultores já convivem com o problema do solo rachado. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), porém, o sofrimento poderá ser minimizado hoje - porque há previsão de chuva para toda a região. /MÁRCIO PINHO, PRISCILA TRINDADE E JOSÉ MARIA TOMAZELA
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