
06 de fevereiro de 2014 | 02h01
A solução não está dentro dos muros do metrô. Ela depende da melhoria da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),o que já está em andamento, da diminuição de alguns segundos no intervalo entre os trens da Linha Vermelha e do "acordo de cavalheiros" urgente entre o governador e o prefeito de São Paulo para oferecer mais uma alternativa eficiente de transporte coletivo público.
O controle de acesso para limitar a quantidade de pessoas na plataforma já acontece e é necessário, mas também é preciso desafogar a linha. Uma das opções já seria utilizar a faixa reversível da Radial Leste, que hoje atende exclusivamente ao transporte individual,(transportando no máximo entre 1.000 e 1500 pessoas por hora) para o trajeto de ônibus biarticulados expressos entre o centro e a zona leste, parando apenas no semáforo, sem pontos de embarque e desembarque.
Se 150 ônibus biarticulados forem ofertados por hora por sentido nesse trajeto, com uma ocupação média de 150 pessoas em cada um, seriam transportados 22,5 mil passageiros por hora em um sentido. Ou seja, cerca de 25% da demanda do metrô seria transferida para o modo ônibus. Acredito que os passageiros migrariam para essa nova oferta de ônibus, que poderiam operar em velocidades médias entre 40 e 50 quilômetros por hora. Portanto, essa alternativa operacional seria mais rápida que o metrô.
Cabe lembrar que hoje qualquer interferência afeta toda a Linha Vermelha, diminuindo ainda mais a sua capacidade, como presenciamos anteontem. Esta sugestão é premente antes que algum tipo de ocorrência mais grave possa acontecer.
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