28 de setembro de 2012 | 03h04
O policial militar foi levado para o Pronto-Socorro da Universidade de São Paulo (USP), mas não resistiu aos ferimentos.
É a primeira morte de um integrante da Rota entre os 20 policiais militares assassinados desde maio no Estado. Nem no período de ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) às forças do Estado entre maio e julho de 2006, quando 57 policiais e agentes carcerários foram assassinados, houve registro de mortos entre homens da Rota. Nos últimos quatro meses, o número de suspeitos mortos em confrontos com a tropa da PM cresceu 46%.
Com duas décadas de corporação, o soldado assassinado ontem estava em seu carro, saindo da clínica ortopédica onde morava, em um dos quartos dos fundos. Segundo vizinhos e colegas, o PM fazia "bico" como segurança para dezenas de comerciantes ao longo da Corifeu de Azevedo Marques. "Ele morava aqui de graça e tomava conta da clínica. Além de trabalhar como policial ele tinha vários 'bicos' aqui na região", afirmou a fisioterapeuta Delma Bittencourt, de 42 anos, funcionária no imóvel onde o PM morava sozinho.
"Era um homem respeitoso, íntegro, conversava com todo mundo. Eu falava para ele ficar atento, aqui há muitas favelas dominadas por traficantes", afirmou Ronaldo Valério de Souza, de 36 anos, dono de uma mecânica vizinha da clínica, do lado da Favela São Remo.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar o caso. Em meio à onda de violência, o governo do Estado trocou anteontem o comando da Rota.
Vingança. Ontem, na comunidade da Rota no Facebook, relatos juravam vingança. "Na Rota não tem tempo para luto. Antes do enterro do amigo vai começar o velório do inimigo", dizia uma mensagem. / D.Z.
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