16 de fevereiro de 2010 | 03h06
A forte chuva que caiu na noite de segunda-feira, 15, na região de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo, fez a 77ª vítima desde o dia 1º de dezembro de 2009 em todo o Estado.
Por volta das 21h30, moradores da Favela da Vila Joaniza ajudaram os bombeiros a retirar um homem, ainda não identificado, do Ribeirão do Aterrado. A vítima, que já deu entrada sem vida no pronto-socorro municipal do Jabaquara, foi retirada da água com parada cardiorrespiratória e só não foi levada embora pela enxurrada pois parou em uma pilastra de concreto arrastada para dentro do córrego.
Segundo os moradores, a chuva durou quase três horas. A vítima teria caído no leito do ribeirão, que transbordou. Até a 1h30 desta terça-feira, 16, nenhum morador da favela havia reconhecido o corpo.
A chuva também comprometeu a estrutura de várias casas construídas próximo ao Ribeirão do Aterrado. O mesmo ocorre com as frágeis pontes de madeira e corda construídas pelos moradores ao longo do córrego.
Ônibus incendiado
Revoltados com os prejuízos materiais e com a morte de um dos moradores, um grupo de pessoas montou fogueiras - de entulho e objetos estragados pela chuva - a céu aberto. Um coletivo da Viação São Jorge que seguia para a garagem foi parado e incendiado pelos manifestantes na Avenida Yervant Kissajikian. O motorista e o cobrador saíram ilesos.
Outras vítimas
A 75ª morte causada pelas chuvas foi a de Rafael Silva Paz, de 8 anos, cujo corpo foi encontrado por volta das 14 horas do último dia 7, um domingo, no Rio Cotia. O garoto foi levado por uma enxurrada quando pescava com alguns amigos no rio, na Estrada Fernando Nobre, ao lado de um pesqueiro, próximo ao quilômetro 28 da Rodovia Raposo Tavares.
A 76º vítima foi João Vitor, de 11 anos, que, no dia 3, caiu no córrego Jacu-Pêssego, na zona leste de São Paulo, durante um temporal. O corpo foi arrastado até o rio Tietê e encontrado dia 10 na margem da barragem de Pirapora, em Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo.
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