21 de julho de 2007 | 11h54
O Instituto Médico Legal (IML) identificou, durante a madrugada deste sábado, 21, mais quatro corpos de vítimas do acidente envolvendo uma aeronave da empresa aérea TAM. Ao todo, são 45 as vítimas identificadas. São eles: Heloisa Helena Lopes, Maria de Fátima Santiago, Carla Fioratti e Julia de Oliveira Camargo. Peritos criminais especialistas em DNA do Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo acompanharão neste sábado equipes do Instituto Médico Social e Criminológico do Estado de São Paulo nos hotéis onde estão hospedados parentes das vítimas do acidente aéreo envolvendo a Airbus A-320 da TAM no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O objetivo da visita é colher sangue destes familiares para possíveis exames futuros de DNA que venham a ser necessários para identificação de alguns corpos. A Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo esclarece que ainda não há nenhum caso em que haja necessidade concreta de tal exame. No entanto, a precaução será tomada para que estes parentes possam voltar para suas casas seguros de que não precisarão retornar à cidade de São Paulo apenas para uma coleta de sangue. O IML vai recorrer aos exames de DNA para identificar a maior parte das vítimas do acidente. Mais cara, demorada e precisa, a técnica pode prolongar a espera dos familiares por até dois meses. Para acelerar o processo, o IML pode contar com a ajuda de 16 laboratórios no País. A oferta foi feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que também vai arcar com despesas de pessoal e material de outros Estados enviados à capital. Perito do Instituto de Criminalística de Curitiba (PR), considerado o mais avançado da América Latina, Hemerson Bertassoni Alves estima que, para cada família do acidente, a identificação custe de R$ 2 mil a R$ 3 mil. Apesar de o processo ser lento, ele explica que são quase remotas as chances de que alguma vítima acabe ficando sem identificação. Dificuldades - O Corpo de Bombeiros retirou ontem, até as 20h45, mais sete sacolas dos prédios da TAM Express. Em uma deles foi colocado um corpo; nas outras seis, apenas fragmentos de corpos. No total, já foram retiradas dos escombros 214 sacolas. Os bombeiros preferem contar o número de sacolas porque, em muitos casos, são encontradas apenas partes dos corpos. Isso dificulta a contagem do número de vítimas do acidente, que já é considerado o maior da história aérea do País.
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