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Sistema de aluguel de bicicletas no metrô vai voltar

Empréstimos custarão R$ 2 por hora e os primeiros 30 minutos serão gratuitos; estações também terão estacionamento para bikes

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

Desativado desde o fim do ano passado, o serviço de empréstimo e estacionamento de bicicletas no Metrô de São Paulo vai voltar em dez estações, com tarifa de R$ 2 por hora de aluguel - os primeiros 30 minutos são grátis - e oferta mínima de cem bicicletas. Os bicicletários para usuários que já têm bikes também vão voltar - serão gratuitos por 12 horas e terão cobrança de R$ 2 por hora adicional. A Companhia do Metropolitano divulga hoje no Diário Oficial do Estado os critérios para selecionar empresas interessadas em explorar o serviço. Quem sai de casa de bicicleta e usa metrô para trabalhar e voltar terá também um mínimo de dez vagas de estacionamento em cada uma das estações da rede. A empresa que oferecer o serviço precisará ter seguro e se responsabilizar por furto, roubo ou dano às bicicletas.Nesse primeiro credenciamento, o Metrô dá 15 dias de prazo para que empresas interessadas no serviço se inscrevam. Para elas, a vantagem é publicitária: o edital concede permissão para "colocação de logomarcas nos locais e equipamentos, desde que sejam respeitadas as leis municipais de exposição de marcas". O critério para a seleção das empresas será por ordem de chegada. Recebe o direito de explorar o serviço a empresa que manifestar o interesse antes. Mas, se mais de uma empresa entregar o protocolo de inscrição na mesma data, elas serão escolhidas por sorteio - isso tudo depois de terem sua documentação analisada. As regras permitem também que as empresas aumentem o espaço dos bicicletários para receber mais veículos do que as dez de limite mínimo.Retomada. As dez primeiras estações a receber os bicicletários são paradas que já tinham o serviço até o ano passado. São elas: Liberdade, Paraíso e Sé (Linha 1-Azul); Vila Madalena e Tamanduateí (Linha 2-Verde); Brás, Carrão, Corinthians-Itaquera, Guilhermina-Esperança e Santa Cecília (Linha 3-Vermelha). Elas fazem parte de um primeiro lote de oferta do serviço. O edital abre espaço para que as empresas cadastradas concorram também na escolha dos outros lotes. As estações que vão estar nesses outros lotes ainda não foram divulgadas.A promessa da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, que controla o Metrô, era de que não só as 17 estações que tinham o serviço voltariam a operar, como o número de estações com bicicletários cresceria. O edital, no entanto, não deixa claro se bicicletas alugadas de uma empresa em uma estação poderão ser devolvidas em outra parada ou se isso terá de ser feito na mesma estação onde a bicicleta foi retirada.Parceria. Os bicicletários do Metrô surgiram por meio de uma ONG, que procurou o Metrô em 2008 para oferecer o serviço. Para operar, a empresa tinha patrocínio de uma seguradora, que financiou a compra das bicicletas e a construção dos estacionamentos, em troca da exibição de sua marca. Entretanto, segundo o Metrô, o contrato entre a ONG e a seguradora foi encerrado e a organização não teve recursos para manter o serviço operando sozinha. Por isso, ele foi encerrado no ano passado.

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