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Sistema Cantareira retém água e reduz vazão dos rios do PCJ

Cenário de rios baixos e falta de chuvas preocupa consórcio, que vê o risco de várias cidades ficarem sem água durante a estiagem

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Os rios das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí vem apresentando quedas sucessivas na vazão desde o início de abril. O problema, decorrente da trégua nas chuvas, é agravado pela redução na descarga do Sistema Cantareira nos rios Jaguari e Atibaia. Por determinação da Agência Nacional de Águas (ANA), desde o início do mês o volume de descarga nesses rios foi reduzido de 2 metros cúbicos por segundo para até 0,5 m3/s.

O cenário de rios baixos e falta de chuvas preocupa o Consórcio das Bacias dos Rio Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) que vê o risco de várias cidades ficarem sem água para o abastecimento durante a estiagem deste ano. Nesta terça-feira, 14, a vazão do Rio Atibaia que, entre outras cidades abastece Campinas, oscilava abaixo do Cantareira entre 1,85 m3/s, na passagem pelo município de Atibaia, e 6,62 m3/s em Paulínia. O nível já é considerado crítico.

Sistema Cantareira, em São Paulo Foto: Evelson de Freitas/Estadão

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O Rio Jaguari tinha vazão máxima de 5,38 m3/s em Jaguariúna e o Camanducaia estava com 2,28 m3/s, muito próximo do nível de alerta. Os dois rios são formadores do Piracicaba, cujo nível, na área urbana de Piracicaba, era de 43,81 m3/s. No auge da estiagem, o rio chegou a ter apenas 7 metros cúbicos por segundo de vazão, mas durante as chuvas de março, chegou a 360 m3/s. Para o PCJ, a redução na vazão contribui para a recuperação do Sistema Cantareira, mas deixa de atender plenamente as necessidades dos atuais usuários, até mesmo de municípios como Valinhos e Vinhedo, que já estão racionando água.

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