O Sistema Cantareira, uma das represas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, localizado na zona norte da capital paulista, pode causar inundações nas comunidades ribeirinhas se continuar chovendo acima do esperado, alerta a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Segundo dados da Companhia, o sistema está operando no limite; um relatório desta segunda-feira, 11, mostra que o volume na represa é de 97,5% da sua capacidade total de armazenamento e os níveis de água das represas que abastecem o sistema estão acima da situação de segurança.
O volume de água que é liberado durante as aberturas das comportas das represas do sistema Cantareira, entre elas as represas Cachoeira, Atibainha e Juqueri, é muito menor do que o volume de água registrado durante os temporais, relata a Sabesp.
Nos últimos dias, a empresa vem fazendo o descarregamento das águas da represa Atibainha numa média de 14 m³ por segundo, o que colabora com a contenção das águas, afirma a Sabesp. Na última quarta-feira, 6, o descarregamento foi de 14 m³ por segundo, quando a represa recebia 33 m³ por segundo no mesmo período. Já no dia 2, a vazão do rio era de 70 mil litros por segundo e as represas estavam liberando apenas 14 mil litros por segundo.
A ação de descarregamento, segundo a empresa, tem como objetivo garantir a segurança da operação das represas de Piracaia e Nazaré Paulista, formadoras do Rio Atibaia. A operação é feita com monitoramento diário, tanto das vazões de água como das condições das populações ribeirinhas e jusante das barragens, para evitar enchentes, garante a Sabesp.
A água produzida pelo Sistema Cantareira abastece 8,8 milhões de pessoas das zonas norte, central, parte da leste e oeste da capital, além dos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, São Caetano do Sul e parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.