02 de junho de 2011 | 04h47
Para reforçar as reivindicações, os sindicatos de trabalhadores de pelo menos cinco empresas atuaram juntos neste ano. Desde o fim do ano passado, foram realizadas reuniões entre metroviários, ferroviários, técnicos da Sabesp, Cetesb e Emae para discutir as melhores formas de atuação. Ações conjuntas foram planejadas. Outro fator foi a mudança da data-base dos ferroviários de setembro para março - com todas as outras categorias. "O que fizemos de diferente neste ano foi manter uma conversa melhor com metroviários, CPTM e eletricitários para programar as ações. Os sindicatos têm posições ideológicas diferentes, mas a prioridade é defender nossos direitos. Juntos, somos mais fortes", diz o presidente do Sintaema, Rene Vicente.
A união possibilitou, por exemplo, que as assembleias para decidir a greve fossem realizadas todas no mesmo dia, aumentando a pressão sobre o governo estadual. Mesmo assim, houve resistências de última hora e algumas categorias desistiram da paralisação, pegando os outros de surpresa.
"Alguns trabalhadores me ligaram surpresos que o Sindicato de São Paulo (um dos que representam os ferroviários) não entrou. Havíamos todos anunciado greve conjunta no dia 26 de maio", afirma Éverson Craveiro, vice-presidente do Sindicato dos Ferroviários das Empresas da Zona da Sorocabana. No fim da tarde, no entanto, o outro sindicato da CPTM entrou em greve.
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