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Sindicato faz críticas aos 'pontos eletrônicos'

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Por Redação
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Os "pontos de táxi eletrônicos", como são chamados, também estão causando polêmica no meio tradicional. O presidente do Sindicato dos Taxistas de São Paulo (Sinditaxi), Natalício Bezerra, afirma que o sistema ainda carece de regulamentação. "Qualquer serviço de transporte precisa se adequar à lei, não pode ser feito aleatoriamente. Essas empresas de aplicativos se estabelecem e não procuram os órgãos competentes", diz, admitindo, porém, que a tecnologia veio para ficar. "O problema é que virou uma bagunça, o taxista de cooperativa fica disponível para duas corridas ao mesmo tempo - a da cooperativa e a do aplicativo."As empresa rebatem e dizem que não oferecem um serviço de transporte de passageiro - apenas permitem o encontro entre taxista e cliente. "Não há nenhum vínculo com órgãos regulamentadores. Essa reivindicação das empresas e sindicatos de táxi já aconteceu em outros países onde esse tipo de aplicativo é muito usado, como EUA, Alemanha e Grécia. Em todos esses casos, a ação se mostrou sem fundamento", explica Sandro Barretto, gerente de marketing do Taxibeat.Admitem, porém, que alguns taxistas de frota fazem dupla jornada. "É um profissional tão apto a trabalhar com o serviço quanto qualquer outro. E é vantajoso para os taxistas de frota, que têm grande dificuldade para sobreviver nesse mercado", diz Nathan Ribeiro, da Taximov.O presidente da Associação das Empresas de Táxi de Frota de São Paulo (Adetax), Ricardo Auriemma, acredita que a regulamentação seria "bem-vinda e bastante positiva". "Como em toda profissão, na de taxista a disciplina, organização e dedicação são os fatores mais importantes para formar a sua carteira de clientes."Problemas às vezes acontecem. "Uma vez demorou muito e chegou um alerta no meu celular de que o trânsito estava pesado e o taxista iria atrasar", conta a publicitária Isabel Locatelli, que vendeu o carro e hoje só sai de táxi. "Para jantar, ir para a balada, voltar para casa, chamo por aplicativo. Até cancelei meu cadastro nas cooperativas". / N.C.

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