02 de junho de 2011 | 20h25
SÃO PAULO - O Sindicato dos Metrovários de São Paulo aceitou a proposta do Metrô e desistiu de manter a greve convocada para esta sexta-feira, 3. A decisão foi tomada em assembleia na noite desta quinta. A companhia propôs reajuste salarial de 8% e aumento no valor do vale alimentação. No início das negociações, os funcionários pediam reajuste de 10,79%, mas ao final reivindicavam 8,5%.
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À tarde, o Tribunal Regional de Trabalho (TRT) decidiu que, em caso de greve, o sindicato e a companhia deveriam manter 100% das operações durante horário de pico e 70% nos outros horários, sob pena de multa de R$ 200 mil por dia de descumprimento. A decisão irritou os sindicalistas.
"Meritíssimo, o senhor vai me desculpar, mas essa decisão acaba com nosso direito de greve", reclamou em audiência o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres. "Tem que multar o Metrô retroativo aos últimos dez anos. O Metrô nunca funciona com 100%, tem sempre falhas nos trens e superlotação, que acabam prejudicando", disse.
Trens. Os sindicatos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também suspenderam a greve iniciada na quarta-feira. De acordo com os sindicalistas, atendendo à determinação do TRT, os funcionários voltam ao trabalho ainda na noite desta quinta, mantendo apenas estado de greve. Nesta sexta, a circulação deve estar normalizada, mas as negociações com a CPTM vão continuar - uma nova audiência está marcada para o dia 10.
Com a paralisação de todo o sistema, 89 estações estiveram fechadas nesta quinta em 22 municípios da região metropolitana. A estimativa da CPTM é de que cerca de 2,4 milhões de pessoas tenham sido prejudicadas durante o dia.
O ferroviários pedem 5% de aumento real nos salários e cerca de 8% de correção sobre a inflação medida em São Paulo (IPC-Fipe), além de reajuste no valor do vale refeição. A companhia ofereceu reajuste salarial de 3,7%. Caso a CPTM não ofereça uma proposta melhor, eles ameaçam voltar a parar.
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