
02 de setembro de 2011 | 00h00
Para o presidente da entidade, Carlos Augusto Sousa Silva, não cabe à Guarda Civil desempenhar esse papel. "Na terça-feira ouvimos os GCMs e eles estavam descontentes com a designação. Seguiram as ordens por temer punição. Entramos na Justiça para que eles recebam salvo-conduto e voltem à sua atividade original."
Na tarde de ontem, uma dupla de GCMs que chegava com um carro no Serviço de Verificação de Óbitos, na zona oeste, mostrava descontentamento. "Recebemos uma ordem de serviço. Ou comparecemos, ou corremos o risco de perder o emprego. Está todo mundo descontente. Quem fala que está satisfeito é da chefia", disse uma guarda.
A maior reclamação foi a necessidade de dirigir o dia todo, carregar caixões pesados e localizar endereços. "Trabalho na zona norte, mas tive de pegar corpos na zona leste. Podiam manter a gente ao menos na mesma região, porque assim o serviço demora." Quem é atendido também reclama. "Quando a família tem carro, ainda é preciso guiar os GCMs para o cemitério, porque eles não sabem chegar. É muito difícil", diz Andréia dos Santos, de 33, uma das vítimas da greve.
De prontidão. Anteontem, a GCM informou que 262 agentes foram direcionados para auxiliar no traslado de corpos e funcionários da administração do Serviço Funerário estavam de prontidão para o caso de algum agente não conseguir cumprir a tarefa.
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