
02 de agosto de 2007 | 19h25
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), considerou a decisão dos metroviários de se manter em greve uma violência contra a população. A declaração foi concedida em entrevista, por telefone, ao Jornal Brasil Urgente, da Rede Bandeirantes. "Essa greve é ilegal. Uma coisa é reivindicar. Outra é uma greve abusiva, ilegal". De acordo com ele, a greve decorre de uma disputa política interna do sindicato da categoria. Veja também: Metroviários mantêm greve por tempo indeterminado Só uma linha do Metrô funciona totalmente e duas estão paradas CET suspende rodízio em SP nesta quinta-feira Alternativas para o transporte Acompanhe na Rádio Eldorado notícias sobre a greve Serra revelou que os dias parados serão descontados e caso o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) decrete a paralisação como abusiva haverá demissões. Para o governador, o pedido do sindicato de aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é injustificável porque o Metrô não tem lucro, e sim prejuízo. Na tarde desta quinta, a audiência realizada no TRT-SP para tentar pôr fim à greve dos metroviários terminou sem acordo. Segundo nota publicada no site do órgão, a vice-presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), juíza Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, disse que foi feito tudo que era possível. Na reunião, o representante do Ministério Público do Trabalho, o procurador Sidnei Alves Teixeira, observou que a leitura dos autos aponta que a greve foi exercida de modo abusivo, em total contradição aos termos da Lei 7783/89. Na quarta-feira, 1º, o TRT definiu em liminar que o Metrô e o sindicato devem manter 85% do serviço em funcionamento nos horários de pico da paralisação. O desrespeito à determinação sujeita o Metrô e o sindicato a um multa diária de R$ 100 mil, que será revertida em favor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e dos hospitais São Paulo e das Clínicas. 2º dia de greve Na sexta-feira, 3, o Metrô repetirá a operação de emergência adotada neste primeiro dia da greve. Ou seja, os trens circularão apenas nas Linha 1 - Azul (Tucuruvi - Jabaquara) e 2 - Verde, entre as estações Ana Rosa e Clínicas. Por enquanto, a companhia não definiu o horário de abertura das estações. O Sindicato dos Metroviários voltará a discutir a paralisação às 17 horas, na sede do sindicato, na zona leste da capital.
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