SÃO PAULO - Os jurados devem definir nesta sexta-feira, 22, o futuro de Gil Rugai, acusado de matar a tiros o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, em março de 2004. O júri deve confrontar as falhas periciais apontadas durante todo o julgamento, iniciado na segunda-feira, com testemunhos contundentes que colocam o réu na cena do crime.
Do lado da acusação, pelo menos três depoimentos apontam o acusado como autor dos assassinatos. O encontro da arma do crime no prédio de Rugai será explorado pelo promotor Rogério Zagallo. Pelo lado da defesa, a ideia é levantar dúvidas na cabeça dos jurados por causa das falhas na investigação - incluindo o uso do vídeo da perícia em que se usa o pé trocado de Gil Rugai.
Nessa quinta-feira, Gil Rugai apresentou sua versão sobre o crime pela primeira, vez. Ao juiz, elese declarou inocente, negando ter desfalcado a produtora do pai ou ter estado no local no dia do crime. Ao ser questionado pela promotoria, no entanto, se manteve em silêncio, seguindo a orientação de seus dois advogados.
Depois do encerramento do júri, os advogados de Gil apontaram um novo suspeito para o caso: Aguinaldo Silva, assistente pessoal da empresa de Luiz Carlos Rugai, a Referência. Segundo Marcelo Feller, um dos defensores do réu, Silva tinha uma dívida trabalhista de R$ 600 mil com a empresa.