PUBLICIDADE

Sem-teto acampam em frente à Prefeitura de São Paulo

Integrantes de movimento de moradia montaram 50 barracas no Viaduto do Chá em protesto contra corte de energia em prédio ocupado pelo grupo no centro

Foto do author Fabiana Cambricoli
Por Fabiana Cambricoli
Atualização:

Um grupo de integrantes do Movimento dos Sem-Teto do Sacomã (MSTS) ocupa, desde a manhã deste domingo, 15, o Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, em protesto contra o corte de energia do prédio do antigo Cine Marrocos, no centro da Capital, ocupado pelo grupo há pouco mais de um mês.

PUBLICIDADE

Segundo a Secretaria Municipal da Habitação (Sehab), cerca de 50 barracas foram montadas em frente à Prefeitura e lá permaneciam por volta desta segunda-feira, 16. O ato era acompanhado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Ainda de acordo com a pasta, o edifício do extinto Cine Marrocos pertence à Secretaria Municipal da Educação e tem decreto de utilidade pública para a construção de alguma instituição de ensino ou outro serviço público.

"Nós não temos como mantê-los ali por várias razões. Primeiro, o equipamento é da Educação. Segundo, o equipamento está totalmente inseguro. Toda a parte elétrica e hidráulica é completamente inapropriada e não se presta a habitação social", disse o prefeito Fernando Haddad nesta segunda.

Os manifestantes, segundo a Prefeitura, já haviam sido informados de que o imóvel não poderia ser usado para a construção de moradias sociais. A administração diz que sempre esteve aberta ao diálogo com o grupo.

Os manifestantes prometem permanecer acampados até que a energia elétrica, cortada há 15 dias, seja restabelecida.

Segundo a Sehab, o grupo acampado é o mesmo que, na madrugada do último dia 10, fez um protesto em frente ao prédio do prefeito Fernando Haddad, no Paraíso (zona sul). Na ocasião, eles exigiam que um integrante do grupo, preso no dia interior, fosse libertado. O homem havia sido detido por furtar energia para abastecer o prédio do Cine Marrocos.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.