'Sem policial, bandido não fica intimidado', diz vítima

Engenheiro que teve mala furtada na fila do táxi em Congonhas cobra da polícia efetivo maior no terminal

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O engenheiro Jorge Bayerlein, de 53 anos, esperava um táxi no Aeroporto de Congonhas quando teve uma mala furtada, na última terça-feira. Ele afirma que deixou a bagagem no carrinho - e a noiva tomando conta -, saiu por alguns minutos e, quando voltou, o ladrão já havia agido. "Como um bandido pode se sentir intimidado se não tem a presença de um policial na plataforma?", questionou. "Tive de correr um quilômetro dentro do aeroporto para achar um policial, que estava na mesa dele." O engenheiro afirmou que, além do computador, os criminosos levaram também os documentos dele. "Não atrapalharam só a minha estada em São Paulo, mas a minha vida. Passei um dia no Poupatempo tirando documentos." Depois do crime, os ladrões continuaram a fazer vítimas em Congonhas. Um dia depois de furtar o engenheiro, criminosos aproveitaram a distração de um fisioterapeuta de 32 anos que estava em uma cafeteria e levaram a mala dele. Na quinta-feira, ainda no mesmo aeroporto, uma policial civil percebeu a ação de um criminoso que tentava furtar outro passageiro no terminal. Saiu correndo atrás dele, mas o homem conseguiu fugir. A ação da policial não impediu que, na quinta-feira, uma pessoa tivesse um notebook furtado no mesmo terminal. Desde o começo deste ano, segundo informações da Polícia Civil, seis pessoas foram presas por furto no Aeroporto de Congonhas - nenhuma delas era brasileira. Policiamento. O capitão Sérgio Ferraz, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela área de Congonhas, afirma que a corporação tem um posto no saguão. "O efetivo do posto são três policiais. Dois assumem essa viatura e fazem patrulhamento ao redor do aeroporto e dentro do terminal também. O outro fica no posto enquanto o aeroporto está funcionando", disse o policial. De acordo com o oficial, a maior demanda dos policiais militares é na área externa de Congonhas. A Infraero afirma que tem vigias atuando dentro dos aeroportos de São Paulo e que também tem um sistema de monitoramento eletrônico. "Os sistemas de Congonhas e de Guarulhos passaram por modernizações recentes, com a instalação de câmaras em locais estratégicos", afirma nota da estatal. / A.R.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.