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Sem patrocínio, Prefeitura pode bancar réveillon na Paulista

Caso não apareçam interessados em bancar o evento, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) pode acionar um inédito plano de emergência

Por Edison Veiga e Juliana Diógenes
Atualização:

SÃO PAULO - A menos de três semanas do réveillon, a festa na Avenida Paulista ainda não tem patrocinadores e, pela primeira vez, pode ser custeada com verba pública. Caso não apareçam interessados em bancar o evento, a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) pode acionar um inédito plano de emergência – com teto de R$ 3 milhões. 

O prazo para as empresas apresentarem as propostas de patrocínio teve início no último dia 10 e acaba amanhã, data em que a Prefeitura tomará a decisão. O tradicional palco de Natal, entretanto, já está descartado. 

Plano emergencial. Administração admite gastar R$ 3 mi Foto: Rogerio Cavalheiro/Futura Press

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Essa foi a primeira vez que a administração municipal fez um chamamento público para a organização da festa de réveillon. Desde que a comemoração foi instituída, em 1996, a Playcorp era a empresa incumbida de viabilizá-la, por meio de acordo com a Prefeitura. No chamamento, a SRCOM, empresa de entretenimento e comunicação, ficou em primeiro lugar, e a Playcorp, em segundo. De acordo com o presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Alcino Rocha, as selecionadas não encontraram patrocinadores no prazo, e a Prefeitura revogou o chamamento. Na última quinta, a gestão deu cinco dias para que investidores se apresentassem.

Rocha descartou o cancelamento do evento. “Não existe essa possibilidade. A SPTuris está preparada, se for o caso, para organizar o réveillon. O plano já está pronto. Não foi anunciado até agora porque queremos evitar usar recurso público” disse. Segundo ele, no plano de emergência, a estrutura para o evento já foi definida e os artistas, sondados. Rocha assegurou que será uma festa “de primeira linha”. 

De acordo com o diretor da Playcorp, Fernando David Elimelek, o prazo curto, até o dia 31, não dificulta apenas conciliar a agenda das atrações, mas também a própria montagem física da festa. A Prefeitura atribui à crise econômica a dificuldade para atrair investidores. “Se formos os escolhidos (no processo de chamamento), sabemos fazer um evento com dinheiro mais apertado”, disse Elimelek. “Mas nada de artista que custe uma fortuna.”\

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