
18 de agosto de 2008 | 08h19
Os cerca de R$ 5 milhões de seguro do Teatro Cultura Artística - destruído por um incêndio na madrugada de domingo, 17, não devem ser suficientes para arcar com o prejuízo causado pelo fogo. Além disso, o prédio do teatro não deverá ser reformado nos mesmos moldes do prédio antigo. Veja também: Imagens da história do teatro Teatro Cultura Artística pode ir para outro lugar Piano de R$ 100 mil foi destruído Turistas desavisados lamentam incêndio É o fim de ''O Bem Amado'', diz Nanini Cultura Artística, um mito da vida teatral brasileira Segundo Eric Klug, responsável por relações institucionais da Sociedade de Cultura Artística, o local poderá ser arrendado e uma parceria poderá ser proposta para empresas com o intuito de ter outro espaço para as peças e concertos. "Os R$ 5 milhões da apólice de seguro (da Companhia de Seguros Aliança do Brasil) estão longe de pagar a reforma que seria necessária", diz Klug. No entanto, não há certeza sobre os direitos e o valor exato do seguro, já que a apólice também foi destruída. "Queremos resolver o que fazer com os eventos já agendados e ressarcir as pessoas que compraram ingressos. Já conseguimos deslocar os concertos para o Municipal e a Sala São Paulo, mas ainda não sabemos o que será das peças teatrais", afirma Klug. O prédio é tombado, o que sempre foi empecilho para reforma ou ampliação. Agora, as sessões dos espetáculos que estavam em temporada no teatro, O Bem Amado e Toc-Toc, estão canceladas. Segundo os administradores, os espetáculos poderão ser transferidos para outros teatros. O valor dos ingressos adquiridos será devolvido - para informações, a Sociedade de Cultura Artística forneceu o telefone (0xx11) 3258-3344. No domingo, o prefeito Gilberto Kassab visitou o que sobrou do teatro e determinou que o secretário de Cultura, Carlos Augusto Calil, comande um grupo de trabalho com representantes do poder público e da iniciativa privada. A intenção é arrecadar fundos para recuperar o espaço. A Sociedade de Cultura Artística tinha planos de contar com dinheiro público e privado para ampliar o teatro para as comemorações de seu centenário, em quatro anos. A idéia era expandir as áreas coletivas e o foyer superior da construção original, além de incorporar um edifício lateral para servir como setor de ensino, com biblioteca e áreas para patrocinadores. Apesar de contar com o interesse de algumas empresas, o projeto aguardava revitalização da Praça Roosevelt para iniciar a captação de verbas.
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