Segunda suspeita de agredir crianças em creche é presa no interior

Vídeo mostra funcionárias dando tapas; elas respondem por constrangimento ilegal, maus-tratos e corrupção de menores

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - A funcionária Rita de Cássia Fogaça, suspeita de agredir crianças na Creche Municipal Menino Jesus, em Itatinga, interior de São Paulo, foi presa na manhã desta quinta-feira, 13. Ela se apresentou, acompanhada de advogado, à Polícia Civil de Botucatu e foi levada para a Penitenciária Feminina de Pirajuí.

Caso ocorreu em Itatinga, no interior de São Paulo Foto: Reprodução/Google Street View

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Nesta quarta-feira, 12, a polícia já havia prendido a cuidadora Jacira Nunes, também acusada de agressões contra as crianças. As prisões preventivas foram decretadas pelo juiz Wellington Barizon, da Vara Única de Itatinga. A creche atende 70 crianças com idades entre 2 e 4 anos.

A decisão do juiz levou em conta as imagens de uma câmera instalada na creche, em que as duas cuidadoras agridem as crianças com tapas e puxões de cabelo. As cenas mostram um garoto aparentemente de mais idade agarrando e beijando à força uma menina com cerca de três anos. A criança corre para o colo da monitora e esta, em vez de afastar o menino, segura a menina para que ele a beije.

Novas imagens obtidas pela Polícia Civil mostram que os maus-tratos eram constantes. Nelas, as cuidadoras usam um cabo de vassoura para fustigar as crianças e também as atingem com travesseiros.

A prefeitura afastou as servidoras e abriu processo administrativo. Na Polícia Civil, elas respondem a inquérito pelos crimes de constrangimento ilegal, maus-tratos e corrupção de menores.

Liberdade

O defensor de Jacira, Marco Aurélio Capelli Zanin, entrou com pedido de revogação da prisão, mesmo caminho seguido pelo advogado de Rita, Júlio Fogaça. Eles alegam que as acusadas são primárias, têm bons antecedentes e não há justa causa para as prisões. Os pedidos ainda são analisados e, em caso de negativa, ambos pretendem recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo.

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