30 de agosto de 2011 | 00h00
O esquadrão de bombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, foi até o local e localizou outro pacote, que não chegou a explodir, com um produto chamado "fumaça ninja", material com potencial explosivo usado em shows. O remetente se apresentou espontaneamente no 23.º DP (Perdizes) ontem à noite.
Segundo o gerente da agência, Germano Santiago, de 45 anos, o acidente aconteceu quando o local já havia sido fechado para atendimento ao público, por volta das 18h10. O pacote explodiu na expedição, onde três funcionários trabalhavam. "Estávamos manuseando os pacotes quando colocamos outras encomendas em cima da caixa. Por causa da pressão, houve a explosão. Uma fumaça tomou conta do local. Ficamos muito assustados", disse o encarregado de expedição Marcondes Ferreira, de 38 anos. Ninguém estava perto do produto quando ele explodiu.
O prédio, em que estavam cerca de 20 funcionários, foi evacuado. Um cão farejador da PM ajudou a localizar o pacote com a "fumaça ninja". Segundo o delegado Giuliano de Migueli, o responsável pelos pacotes comercializa produtos com potencial explosivo, como fogos de artifício, pela internet e ficou assustado com o que aconteceu.
"Vamos apurar para saber se era só um comércio e se ele tinha autorização para fazer esse tipo de venda pela internet. Ele assumiu o risco de ferir pessoas ao enviar o produto pelo correio, o que é ilegal, e pode ser indiciado pelo crime de explosão", afirmou o delegado.
A polícia não quis identificar o responsável pelos pacotes. Ele foi ouvido e liberado ontem à noite. Segundo o delegado, ele achava normal fazer esse tipo de entrega e não previa os danos que tais pacotes poderiam causar.U
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