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Secretário diz que trânsito em SP não 'trava' até 2013

Para Moraes, estudo não considera investimentos em transporte, como o Rodoanel e a ampliação do Metrô

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Por Redação
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O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, desqualificou a pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, que prevê um colapso no trânsito de São Paulo daqui a 5 anos. Os resultados do estudo mostram um acréscimo de 15% ao ano nos períodos de lentidão da manhã e da tarde. Os pesquisadores estimam que até 2013 haja uma aproximação dos horários de rush, com a formação de um congestionamento contínuo. Depois de reforçar seu respeito pela instituição, Moraes justificou que o estudo não considera os investimentos em transporte público, como o Rodoanel, a ampliação do Metrô e o incremento da frota de ônibus. "Trocamos cinco mil veículos e implantamos o monitoramento por GPS (por satélite). Também continuamos a construção de corredores exclusivos. Tudo deve ser levado em conta", disse. Além disso, o secretário argumentou que a venda de automóveis está vivendo um boom, mas tende a diminuir nos próximos anos. "Esse aumento exponencial não vai continuar. Não podemos apenas fazer uma conta aritmética", afirmou. "Há necessidade de alguns especialistas analisarem não só a parte teórica, mas também a parte prática." A pesquisa foi realizada pelo professor Paulo Resende, entre 2004 e 2007, em quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). Por quatro anos, Resende e uma equipe de engenheiros cronometraram o horário de pico da manhã e da tarde em quatro das principais vias de São Paulo: as Avenidas dos Bandeirantes e 23 de Maio e as Marginais do Tietê e do Pinheiros. Resende observou aumento no período de lentidão da manhã e também no pico da tarde. "A distância média entre o fim de uma lentidão e o início da outra é de 1h30, em média", disse. "Estimo que daqui a 5 anos, quem sobrevoar as principais avenidas de São Paulo vai observar a mesma situação das 7 às 19 horas."

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