
24 de setembro de 2010 | 17h42
SÃO PAULO - As campanhas de vacinação contra a raiva no Estado de São Paulo vão continuar suspensas, por tempo indeterminado, segundo confirmou nesta sexta-feira, 24, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
A determinação foi dada após investigação realizada pela Coordenadoria de Controle de Doenças e o Instituto Pasteur em parceria com os municípios, de que a vacina utilizada neste ano no Estado para a imunização de cães e gatos contra a raiva foi responsável por reações adversas acima do esperado em animais vacinados.
Segundo a secretaria, a vacinação ficará suspensa até que os Ministérios da Saúde e Agricultura decidam se é necessário a substituição dos lotes encaminhados a São Paulo ou mesmo do produto. Esta decisão dos órgãos federais é fundamental para que os municípios paulistas possam dar seguimento às campanhas, protegendo, assim, os animais contra a raiva e evitando que a doença retorne ao Estado.
De 13 de agosto a 21 de setembro foram notificados 3.424 casos de reação em cães e gatos vacinados no Estado, dos quais 890 (26%) foram considerados graves, conforme critérios de classificação estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Das reações graves, 717 foram em gatos.
A incidência de eventos adversos no mesmo período foi de 4,86 casos a cada mil animais vacinados. A taxa é considerada elevada quando comparada com registros de eventos adversos da cidade de São Paulo nos últimos três anos, com índices sempre inferiores a 0,07 casos de reação por mil animais vacinados.
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