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'Se não chover até outubro é que teremos problemas', diz superintendente da Sabesp

Mario Sampaio, responsável pela relação com investidores, afirma que não haverá racionamento se o nível de chuvas se manter dentro do esperado nos próximos meses

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

São Paulo - A Sabesp estima que a utilização do volume morto a partir desta quinta-feira, 15, somada à previsão de que haverá até setembro, período da seca, o mínimo de chuvas dos últimos 80 anos, permitirá que se chegue até outubro, início do período de chuvas, sem a necessidade de restrição no acesso da população à água."Somente se não chover até outubro é que teremos problemas", disse o superintendente de captação e relações com investidores da Sabesp, Mario Sampaio, em evento sobre o mercado de renda fixa realizado pela Cetip em São Paulo.O executivo reiterou que a companhia tem um plano de contingenciamento de seu orçamento em andamento de R$ 900 milhões, mas que não há outra alteração prevista no plano de investimento da companhia por conta da crise atual de abastecimento.O contingenciamento foi necessário para fazer frente à queda na receita da companhia com consumo em decorrência dos incentivos que estão sendo oferecidos aos consumidores que reduzirem seu consumo.Segundo Sampaio, a Sabesp está observando que 86% dos consumidores reduziram o uso de água na comparação com os últimos 12 meses e que 40% estão ganhando bônus em suas contas, por  terem seu consumo reduzido acima de 20% da média de 12 meses."Estamos tranquilos em relação à saúde financeira da companhia e não há nenhum debate sobre a alteração dos planos de investimento da companhia", disse. Segundo ele, o mix do financiamento pode ser discutido, mas não neste momento. "Agora estamos atravessando uma crise e quando ela passar podemos discutir o assunto com seriedade", afirmou. A Sabesp tem um plano de investimento de aproximadamente R$ 2,5 bilhões ao ano, nos próximos quatro anos.

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