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SC tem ônibus, base e viatura atacados e governo vê 'imitação'

Atentados foram parecidos com os de São Paulo e polícia investiga se há relação com invasão de presídio

Por DANIEL CARDOSO e FLORIANÓPOLIS
Atualização:

Florianópolis viveu 12 horas de terror entre a noite de segunda-feira e a madrugada de ontem, à semelhança da série de atentados cometidos em São Paulo. "O que existe é uma imitação, uma cópia. No domingo passou no Fantástico uma matéria sobre esses ataques em São Paulo, criminosos assistem e fazem igual", afirmou à imprensa catarinense o secretário de Segurança Pública, César Grubba.Bandidos atearam fogo em dois ônibus no norte da cidade, em uma viatura da Polícia Militar e no carro particular de um policial civil. À 1h de ontem, uma base da PM em Palhoça, cidade vizinha à capital catarinense, foi alvejada. A polícia reforçou o efetivo nas ruas e passou a escoltar ônibus em áreas consideradas de risco. No entanto, nenhum suspeito pelos ataques foi identificado. Em entrevista coletiva na tarde de ontem, a cúpula da segurança pública não confirmou se a série de ataques teve relação com o assassinato, em outubro, da agente prisional Deise Fernanda Melo Pereira Alves, mulher do diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Antônio Alves. "É uma das linhas de investigação", disse Grubba. Imagens feitas por presos na semana passada dentro do presídio mostram a entrada na cela de agentes prisionais. Os agentes, liderados por Alves, usaram a força para conter os presos. A cúpula da segurança minimiza o caso. "O que nos foi mostrado até aqui representa uma ação legítima. Houve uso progressivo da força para evitar rebelião", justificou Leandro Antônio Soares Lima, diretor do Departamento de Administração Prisional. A polícia teria interceptado mensagens de celular entre integrantes de uma facção criminosa ordenando os ataques. Em Blumenau, o presídio regional também foi alvejado por tiros ontem. Os acusados foram presos e, segundo a polícia, não há ligação com casos de Florianópolis.

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