15 de setembro de 2012 | 03h05
Segundo Edilson Nascimento da Silva, gerente da POF, a queda da participação da educação nos gastos das famílias pode estar relacionada à maior disponibilidade de vagas nas universidades públicas e à redução do tamanho das famílias. Quanto maior o número de filhos, maior o gasto. "As despesas com educação subiram, mas a participação no total de despesas caiu", explicou Renato Meirelles, diretor do instituto de pesquisas de mercado Data Popular, que concorda com a análise do IBGE sobre a oferta de vagas no ensino público.
Para o especialista, o aumento do emprego formal é a grande "porta de entrada" para as mudanças na composição de gastos com educação e saúde. "Com mais emprego formal, é maior o acesso ao plano de saúde oferecido pelo empregador."
Remédios. De 2003 a 2009, as famílias passaram a alocar fatia maior para a compra de remédios e a mensalidade do plano de saúde, em detrimento de consultas, cirurgias e hospitalização. O economista Mauro Rochlin, professor do Ibmec/RJ, lembrou que, com o envelhecimento da população, a tendência é aumento de gastos com remédios. /V.N.
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