São Paulo registra menos crimes e homicídios em 2010

Latrocínios (roubos seguidos de morte) caíram 16,5% em relação a 2009; mortes recuaram 4,5%

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Balanço da Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgado nesta segunda-feira, 31, aponta redução nos crimes contra o patrimônio e nos homicídios no Estado de São Paulo em 2010. De acordo com a secretaria, São Paulo fechou 2010 com a menor taxa de homicídios da história recente. O índice caiu 4,5% em relação ao ano anterior: foi de 10,96 por 100 mil habitantes para 10,47/100 mil.

 

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Segundo os dados, os latrocínios (roubos seguidos de morte) caíram 16,5% em relação a 2009 -- de 303 para 253 ocorrências. Já os roubos de veículos tiveram queda de 4,5% (menos 3.262 casos), os de carga recuaram 6,2% (menos 482 ocorrências) e os roubos em geral retrocederam 9,5% (menos 23.591 casos).

 

Em 2009, os crimes contra o patrimônio no Estado apareciam com tendência de alta. Segundo a SSP, a redução se deu por conta de novas tecnologias - como os sistemas RDO (Registro Digital de Ocorrências) e Infocrim (Informações Criminais) - e mais equipamentos.

 

Homicídios. Se comparado ao ano de 1999, quando o índice era de 35,27, a queda na taxa de homicídios é de 70,3%. O índice atual é menor do que a metade da média nacional - 24,5.

 

"Queremos reduzir para abaixo de 10, que é o que preconiza a Organização Mundial de Saúde", afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin. Em números absolutos, foram registrados 4.320 assassinatos no ano passado, ante os 4.564 de 2009, uma redução de 5,35%.

 

O balanço também aponta que no quarto trimestre de 2010 os homicídios dolosos (com intenção de matar) caíram 5,65% em relação ao mesmo período de 2009. Na capital, teve redução de 3,31%.

 

Estupros. O levantamento também indica alta de 75% no total de casos de estupro. A secretaria, porém, credita o aumento do número de ocorrências em 2010 à legislação que entrou em vigor no ano passado e passou a tipificar como estupro as ocorrências de atentado ao pudor e ato obsceno.

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"Tal elevação não reflete, necessariamente, um aumento da violência sexual. Só depois que a nova legislação completar o primeiro ano de existência, no segundo semestre, será possível verificar se o número de estupros está, de fato, em alta ou em baixa", afirmou a SSP em nota.

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