
11 de setembro de 2020 | 14h21
Atualizado 11 de setembro de 2020 | 22h09
SÃO PAULO - A cidade de São Paulo deve atingir o recorde de temperatura do ano neste fim de semana, com a chegada de uma onda de calor, que elevará os termômetros também no interior do Estado. A situação fez a Defesa Civil Estadual emitir um alerta diante da sensação de calor intenso e da baixa umidade relativa do ar.
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De acordo com o Climatempo, a temperatura na capital paulista chegou nesta sexta-feira aos 33,7 ºC , igualando a maior marca do ano até então, de 27 de janeiro, em meio ao verão. O nível de umidade do ar atingiu 16% e pode abaixar ainda mais neste sábado e neste domingo. No interior, são esperadas temperaturas próximas dos 40 ºC.
“Esse calor é decorrente dos ventos que sopram do interior do continente, somados à presença do sol e à ausência de nuvens. A umidade relativa do ar também pode ficar abaixo de 15% à tarde em praticamente todas as regiões do Estado”, disse a Defesa Civil em nota.
De acordo com Marcelo Schneider, meteorologista e coordenador do Distrito Meteorológico São Paulo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), “a onda de calor de quatro dias e depois a passagem de uma frente fria tem sido uma constante nos últimos anos”.
Ele explica que o La Ninã, fenômeno natural que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, colabora para “intensificar os extremos”, caso das temperaturas baixas registradas no Estado no fim de agosto. No entanto, mesmo sem a característica do fenômeno, a onda de calor é algo que vem se formando nas últimas semanas.
Na transição entre agosto e setembro, há menor umidade na região central do Brasil por causa de bloqueios atmosféricos, o que causa tempo seco e temperaturas elevadas na região. A segunda quinzena de setembro deve ser mais úmida, com temperaturas mais amenas, por causa das condições frias do Oceano Pacífico.
Além das recomendações para distanciamento social e uso de máscara por causa da pandemia de covid-19, a Defesa Civil também recomenda que as pessoas evitem exercícios físicos ao ar livre nos períodos mais quentes.
As temperaturas mais elevadas e a umidade relativa do ar muito baixa aumentam a incidência de incêndios em cobertura vegetal. "A Defesa Civil, juntamente com o Corpo de Bombeiros, atua de forma constante para combater focos de queimadas, principalmente neste período de seca", destacou.
Iniciada em 1.º de junho, a operação estiagem segue até o dia 30 de setembro durante período que é marcado pela falta de chuvas, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, que contribuem para o aumento de focos de incêndios.
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