São Luís do Paraitinga recupera seus santos

Iphan restaura 16 imagens sacras encontradas em ruínas de igrejas

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Por Redação
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A primeira fase de recuperação do que restou da Igreja Matriz de São Luís do Paraitinga, destruída na enchente do início do ano, será concluída na próxima segunda-feira com uma missa no terreno do templo. A cerimônia vai ser marcada pela entrega de 16 imagens sacras completamente restauradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Entre elas, está a Nossa Senhora das Mercês e São Luiz de Tolosa, padroeiro da cidade.Com a chuva, todos os santos da Igreja Matriz e da Igreja da Nossa Senhora das Mercês foram espalhados pela parte histórica da cidade. O processo de restauro exigiu um trabalho de 10 meses - depois de um longo processo para encontrar o maior número possível de material, quase como um quebra-cabeça, foi feita a higienização e limpeza das peças, a colagem de pedaços quebrados, a repintura e a aplicação de verniz. Para se ter ideia da dificuldade da tarefa, a imagem de Nossa Senhora das Mercês foi quebrada em 92 pedacinhos.Com o fim dos trabalhos de recuperação do terreno das Igrejas Matriz e Nossa Senhora das Mercês, a reconstrução dos dois templos deverá começar tão logo saia o aval do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). O trabalho minucioso de resgate das peças sacras e o extenso levantamento documental produzido a respeito dos monumentos permitirá fiel reprodução das igrejas. No terreno da Igreja Matriz foram resgatadas 598 peças sacras, além de cerca de 313 mil tijolos e todos os pedaços do forro - o investimento total no restauro das peças sacras retiradas dos escombros das Igrejas Matriz e das Mercês foi de R$ 330 mil.Desastre. A inundação que atingiu a cidade em janeiro foi a maior desde 1930. O Rio Paraitinga subiu dez metros, arrastando casarões históricos e a estrutura das duas igrejas. A etapa inicial constituiu no salvamento do que restou das edificações e das peças santas. No meio das ruínas e da lama, objetos foram retirados manualmente para evitar mais danos. As colunas que restaram foram estancadas para impedir desabamentos.

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