16 de março de 2012 | 03h07
Um alerta pintado no chão, a 50 metros da faixa de pedestre. Em Santos, no litoral sul, a nova sinalização, aliada a uma campanha de conscientização dos motoristas, conseguiu, segundo a prefeitura, reduzir pela metade o número de mortos por atropelamentos na cidade.
O desenho ocupa toda a largura de uma faixa de rolamento de tráfego. Nas cores amarela e preta, indica que à frente há uma travessia. De acordo com a CET de Santos, a iniciativa prioriza passagens que não têm semáforo específico para pedestres.
"A velocidade máxima permitida em nossas principais vias é de 50 km/h. Por isso, a 50 metros da faixa, o motorista que foi alertado antes pode reduzir a velocidade a tempo de parar o carro em segurança", afirma Rogerio Crantschaninov, diretor-presidente da CET-Santos.
Hoje, a sinalização horizontal está disponível em 15 trechos da avenida que margeia a orla de Santos e outros quatro da Avenida Ana Costa.
"Mas já estamos estudando outros pontos, dessa vez em vias arteriais", diz Crantschaninov. Segundo ele, apenas a instalação de placas verticais não resolve o problema. "Elas se misturam às demais, e não despertam a atenção."
A prefeitura afirma que quatro pessoas morreram atropeladas na cidade entre 10 de maio e 31 de dezembro do ano passado. No mesmo período de 2010, foram oito. Os números, pelo menos por enquanto, afastam a possibilidade de a CET-Santos passar a aplicar multas aos motoristas que desrespeitam faixas de pedestre.
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