Bairro de Santa Cecília vai ganhar Food Park

Espaço, ao lado da Estação Marechal Deodoro do Metrô, abrigará contêineres, food trucks e bike foods; abertura será em 1° de agosto

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Por Monica Reolom
Atualização:
Um terreno de 4 mil metros quadrados ao lado do Metrô Marechal Deodoro, no centro de São Paulo, vai ganhar um espaço para celebrar acomida de rua Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

SÃO PAULO - Um estacionamento de 4 mil metros quadrados ao lado do Metrô Marechal Deodoro, no centro na capital paulista, vai se transformar neste sábado em um espaço para celebrar a comida de rua. Antes destinado a carros, o local passará a receber food trucks e bike foods e terá espaços fixos para vendedores de comidas em grandes contêineres amarelos, equipados com luz, água, pia, bancada e exaustor. O Marechal Food Park será o primeiro empreendimento do tipo no País e o maior parque para alimentação da América Latina.

“Isso aqui é a evolução de uma barraca e dos food trucks, porque as operações se tornam mais fixas”, afirma a chef Daniela Narciso, que, ao lado do marido e produtor cultural Maurício Schuatz toca a KQI Produções. A dupla é responsável também pela Feirinha Gastronômica e pelo Butantan Food Park. “A gente estudou bastante um formato que fosse único, mas adaptado a todas as necessidades”, diz. O projeto é uma parceria com a Contain[it], que desenvolve mobiliário e contêineres.

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Para Sérgio Cabral, um dos sócios da Contain[it], a localização do Food Park é o destaque do projeto: “Estamos ao lado do Minhocão e do metrô em um dos lugares mais em evidência da cidade hoje”. Schuatz concorda: “Aqui é onde está o foco da discussão entre carros, pedestres e uso das vias. Em 2012, fizemos o Chefs na Rua, no Minhocão, e abrimos um diálogo. A partir dali ficou claro que a cidade queria essas iniciativas”.

Estrutura. Cada contêiner será dividido em módulos de 7,5 m² com toda a infraestrutura necessária a quem quiser montar seu negócio. Serão 24 espaços, cada um comercializado por R$ 7 mil ao mês. Os food trucks e bike foods também terão de pagar esse valor para funcionar na área, que ficará aberta de terças a domingos, das 11h às 21h, com entrada pela Rua Doutor Albuquerque Lins. Nos fins de semana, a ideia é que sejam vendidas comidas mais "divertidas", como doces e guloseimas. O preço de uma refeição, em qualquer dia, deve ficar abaixo dos R$ 30.

“Escolhemos contêiner porque caminhão é caro, difícil de adaptar, e o retorno financeiro é a longo prazo”, explica Eduardo Cocco, do Samurai Kobe, que já tem um food truck, mas resolveu apostar em um lugar que seja fixo. “Os clientes perguntam ‘onde vocês estarão amanhã?’, e a gente muitas vezes não sabe responder”, afirma.

Sócio de Cocco, Tonico Garcez destaca a importância de envolver os moradores do entorno, principalmente durante a semana - nos fins de semana, o público deve aumentar com os frequentadores do Minhocão. “Teremos estrutura de bar, mas com cara e preço de rua”, ressalta Garcez.

O local terá vagas de estacionamento para 25 carros, bicicletário, banheiros - também montados em contêineres - e reaproveitamento da água da chuva. Daniela Narciso, da KQI Produções, está investindo na ideia de uma "praia urbana" - parte do ambiente será revestido com grama para colocação de cangas e guarda-sóis. No verão, pode receber areia para simular um lugar à beira-mar.

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