12 de julho de 2011 | 00h00
JORNAL DA TARDE
Vizinhos da torre da TV Cultura, no Sumaré, zona oeste da capital, reclamam do barulho que vem sendo emitido pelo equipamento - mais especificamente, pelos ventiladores usados na estrutura. Segundo eles, o ruído, ininterrupto, costuma incomodar mais à noite, quando cessa o tráfego intenso da Avenida Doutor Arnaldo e da Rua Heitor Penteado, naquela região.
Já na calçada do terreno onde está instalada a torre da TV Cultura é possível ouvir o barulho forte de um conjunto de ventiladores utilizados para resfriar os transmissores da antena. Ontem à tarde, a reportagem permaneceu ali por mais de meia hora e notou que em nenhum momento os aparelhos eram desligados.
A reportagem constatou ainda que o ruído - já como um zumbido distante - pode ser ouvido em casas da Rua Capote Valente, a 100 metros de distância da torre. Morador da região, o psicólogo Claudio Sapienza Junior, de 57 anos, diz que há cerca de 20 dias o som ficou mais forte - o ruído, de acordo com ele, existe há alguns anos. "No verão, o pessoal que mora em casas que têm grades e quer dormir de janelas abertas não aguenta, por causa desse barulho."
O apartamento da livreira Rosa Maria Di Lernia, de 52 anos, por exemplo, fica na frente da torre. Ela afirma que o som costuma atrapalhar seu sono. "Acordo no meio da madrugada e ouço o barulho o tempo todo. É o vilão da noite. Fica alto mesmo." E, na percepção dela, o ruído também se intensificou há aproximadamente um mês.
Trabalhando na unidade abaixo, a diarista Ângela Maria das Noves Costa, de 52 anos, também se queixa do problema. "Antigamente não tinha esse barulhão, não. É um zumbido forte, que incomoda. Quando está bem calmo aqui, passando menos carro, como em um feriado, dá para perceber bem."
Em nota oficial, a TV Cultura informou que os sistemas e equipamentos instalados na torre do Sumaré "estão em perfeito estado de funcionamento". "Não registramos problemas que possam ocasionar ruídos excessivos. Além disso, a Fundação Padre Anchieta (FPA) realiza manutenções periódicas no local, garantindo sua operação dentro dos limites de ruído estabelecidos pelas autoridades competentes."
Prefeitura. Nenhum dos entrevistados afirmou ter feito queixa à Prefeitura. A Secretaria da Coordenação das Subprefeituras informou ainda não ter nenhum registro do ruído no local.
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