Roubo nem foi percebido por lojistas vizinhos

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Foto do author Marcelo Godoy
Por Ana Bizzotto e Marcelo Godoy
Atualização:

Vendedores de lojas vizinhas à joalheria Montblanc disseram que o assalto passou despercebido para eles, mesmo tendo sido no horário de almoço - a loja fica no mesmo andar dos restaurantes do shopping. "Não teve barulho, não teve nada. Só fiquei sabendo porque minha mãe ligou para perguntar", contou a vendedora Mariana Ferro, que trabalha no estabelecimento ao lado da Montblanc. "Quando soube, vi uns seguranças na porta, só isso. Deve ter sido rápido." O vendedor Emerson Potente, de 22 anos, trabalha em uma loja na frente e também soube por telefone. "Nem parecia assalto. Vi policiais e vendedores da Montblanc do lado de fora, mas achei que tinha sido uma briga. Foi quando um vendedor da loja ligou dizendo que viu na TV." A vendedora de outra loja na frente relatou que só soube por causa da movimentação de seguranças e jornalistas. O shopping disse em nota que houve "uma tentativa frustrada de assalto" e que o estabelecimento "segue operando normalmente", sem informar se vai reforçar a segurança. PARA LEMBRARCidade teve 12 casos em 2010 A polícia registrou neste ano 12 casos de roubos a joalherias em shoppings de São Paulo. No mesmo período, outras duas joalherias foram atacadas em municípios da Grande São Paulo. A polícia prendeu 20 acusados desses crimes, mas não recuperou as joias levadas da Tiffany e da loja da Rolex do Shopping Cidade Jardim, na zona sul - os dois principais roubos ocorridos na cidade. "Há casos de aventureiros, como os de hoje (ontem)", disse o delegado José Antônio Nascimento, titular da Delegacia de Repressão ao Roubo de Joias. A polícia desconfia que parte das joias roubadas nas lojas de São Paulo, principalmente os relógios da Rolex, foi parar no exterior, saindo do País pela fronteira com Uruguai e Argentina.

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