
14 de fevereiro de 2015 | 07h37
SÃO PAULO - Na primeira noite de desfiles do Grupo Especial, as escolas Rosas de Ouro e Dragões da Real foram as que mais empolgaram o público no Sambódromo do Anhembi. Com alegorias e fantasias bem elaboradas, além de sambas-enredo envolventes, as duas escolas mostraram que podem brigar pelo título de campeão do carnaval de São Paulo de 2015.
A previsão de chuva na noite desta sexta-feira não se concretizou, o que contribuiu para que todas as escolas terminassem a passagem pelo Anhembi sem atrasos ou imprevistos. A primeira escola a entrar na avenida foi a Mancha Verde. Apesar de ainda não estar lotada, a arquibancada se animou com a passagem da escola. Com enredo sobre os cem anos do Palmeiras, a Mancha atraiu muitos torcedores do clube, que balançavam bandeiras e cantavam o refrão do samba. Em toda a avenida, era possível ver faixas da torcida de várias cidades do Estado, como Sorocaba, Americana e São Roque.
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A Acadêmicos do Tucuruvi foi a segunda a desfilar e levou ao Anhembi uma explosão de cores ao relembrar as marchinhas de carnaval desde o início, em 1899. A escola animou a plateia e não cometeu erros técnicos, o que foi bastante comemorado ao final do desfile.
Terceira escola a entrar no sambódromo, a Tom Maior busca a superação com o tema do carnaval deste ano, já que, no ano passado, o carro abre-alas quebrou ainda na concentração. A primeira alegoria, “Explosão de adrenalina”, não teve problemas e a escola seguiu pela avenida abarcando as emoções humanas e a racionalidade. No fim, uma ala foi dedicada à expectativa de ganhar nota 10 em todos os quesitos.
Assim como a Tom Maior, a Rosas de Ouro apostou em uma dificuldade do ano anterior para criar seu samba-enredo. Cansada de ser vice por três anos seguidos, a escola falou sobre superação em “Depois da tempestade, o encanto!". Em 2014, a escola percorreu a avenida sob chuva e granizo. Para passar a mensagem de que é possível vencer com fé e determinação, a Rosas se baseou em quatro contos de fadas: Peter Pan, Alice no País das Maravilhas e A Bela e a Fera.
Os 120 anos de relação entre Brasil e Japão foram celebrados pela Águia de Ouro, penúltima agremiação a entrar no Anhembi neste sábado, 14. O perfil futurista do país foi logo apresentado pela comissão de frente, que tinha uma nave com telões de LED exibindo desenhos japoneses.
A última escola a entrar na avenida foi a Nenê de Vila Matilde, que trouxe o colorido da África para o Anhembi. Abusando dos tons de amarelo, dourado e laranja e de alegorias grandiosas, a escola da zona leste cantou Moçambique à luz dos primeiros raios de sol do sábado, 14. Mesmo com o Sambódromo esvaziado, os 3.000 integrantes da agremiação mostraram empolgação ao narrar a história do país africano./FABIANA CAMBRICOLI, PAULA FELIX, FELIPE RESK, MÔNICA REOLOM
Primeira a desfilar, escola empolgou e levantou o público presente no sambódromo, mas teve problemas com o último carro
Escola da zona norte da capital animou público e não cometeu erros técnicos, o que foi comemorado pelos integrantes ao final do desfile
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Escola apresentou as histórias de 'Peter Pan', 'Alice no País das Maravilhas' e 'A Bela e a Fera' e espera o título neste carnaval
Os 120 anos de relação entre Brasil e Japão foram celebrados pela escola de samba, a penúltima a desfilar no 1º dia no Anhembi
Mesmo com sambódromo já esvaziado, os 3 mil integrantes mostraram empolgação ao narrar história do país africano
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