
10 de abril de 2011 | 00h00
JORNAL DA TARDE
É impossível não notar quando, nas noites de sexta e domingo, garotas maquiadas, usando shorts curtos e coloridos e meias arrastão, vestem os patins na marquise do Parque do Ibirapuera. Elas têm entre 20 e 35 anos e praticam o roller derby, um esporte de contato sobre patins que fez muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos, quase desapareceu e "está voltando com tudo", garante Beki Band-Aid, de 30 anos, como é conhecida a produtora de cinema Juliana Bruzzi.
O roller derby é disputado em pista oval por dois times com mínimo de 14 e máximo de 20 componentes. Na pista, cinco garotas de cada time patinam no sentido anti-horário. O objetivo é marcar pontos ultrapassando adversárias. Cada partida tem dois tempos de 30 minutos, divididos em períodos menores - os jams - de até dois minutos. A jammer, pontuadora do time, é identificada pela estrela no capacete. As outras quatro jogadoras são bloqueadoras e devem impedir a ultrapassagem da jammer adversária.
Não são raros hematomas nos braços e pernas. "Não pode empurrar ou dar cotovelada para fazer bloqueio, mas é permitido fazer com antebraço e ombros. E vão ocorrer quedas", explica o treinador da equipe Denis Pierre Araki, de 26 anos, conhecido no esporte como Coach D. Araque.
Outra regra: quando são reconhecidos pela liga, participantes ganham um codinome, registrado em site internacional (www.twoevils.org), que não pode ser repetido. "Para virar novata e ter direito ao nome, a menina precisa ter aprendido a jogar em todas as posições e mostrar comprometimento", explica Beki.
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