Rodas nega má-fé ou prejuízo aos cofres públicos

Reitor afirma que doação e nomeação das salas foram aprovadas por órgãos da USP e defende impressão de boletins

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Por Fabio Leite
Atualização:

O reitor da Universidade de São Paulo (USP), João Grandino Rodas, afirmou em nota que "não houve nem má-fé nem qualquer dano ao erário público" com seus atos praticados à frente da Faculdade de Direito e da própria universidade. "Muito pelo contrário, só houve benefícios para a USP", afirmou.Segundo o reitor, a portaria assinada por ele em janeiro de 2010, que deu às salas reformadas o nome dos respectivos doadores "foi feita em atenção à solicitação da Associação dos Antigos Alunos, corroborada por mais da metade dos membros da Congregação da Faculdade de Direito". Rodas afirma que a indicação do nome do Escritório Pinheiro Neto foi solicitada pela entidade que representa ex-alunos e que só havia um acordo assinado entre a Faculdade de Direito e a família de Pedro Conde. "Nesse documento, que teve por testemunhas a então presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, Talita Nascimento, e o diretor da Associação Atlética XI de Agosto, Thiago Gerbasi, há apenas a obrigação de enviar aos órgãos competentes a sugestão de aposição do nome e não a obrigação fazê-lo", disse."A doação foi analisada pela Comissão de Orçamento e Patrimônio, instância do Conselho Universitário (órgão máximo da USP), que convalidou o processo", completou.Sobre a impressão de 6 mil boletins em 20 de setembro de 2011, Rodas diz que a publicação USP Destaques é voltada as cerca de 110 mil pessoas da comunidade universitária, enquanto que assuntos referentes a determinado câmpus ou unidade são divulgados por edições especiais do boletim. Segundo ele, essa edição teve como público-alvo a Faculdade de Direito. "A motivação desse boletim foi relembrar, com base em documentos da época, justamente quando a aula programada para o dia 21 pretendia iniciar a discussão do estado em que se encontra a infraestrutura da Faculdade de Direito, com o propósito claro de se debitar a inércia dos últimos dois anos à antiga diretoria e atual reitoria. Nada mais apropriado, pois cerca de metade dos alunos entrou nos dois últimos anos e tem o direito de formar seu próprio juízo sobre a questão."

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