Rocinha pode ter escadas rolantes

Estrutura seria alternativa a teleférico já anunciado

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Por Redação
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O arquiteto Luiz Carlos Toledo, responsável pelo Plano Diretor Socioespacial da Rocinha, comemorou ontem a informação de que o governo do Rio pode desistir da construção de um teleférico na favela. A decisão havia sido anunciada no fim do ano passado. Agora, o governo avalia a possibilidade de instalar escadas rolantes na Rocinha e em outras comunidades, a um custo bem menor."Se realmente abriram mão do teleférico, falou mais alto o bom senso e estão de parabéns", disse Toledo, que havia proposto a construção de cinco planos inclinados no local. "Não tem sentido um teleférico na Rocinha, além de ser tremendamente caro." Ele considerou a proposta de escadas rolantes "esquisitíssima".Para o arquiteto, adotar o teleférico como solução para a Rocinha sem antes avaliar o seu funcionamento a plena carga no Complexo do Alemão, na zona norte, seria uma "imprudência". Inaugurado em julho do ano passado, o teleférico do Alemão custou R$ 210 milhões.Segundo Toledo, em vez de gastar recursos púbicos com um novo teleférico, o melhor seria usá-los nas ações do Plano Diretor da Rocinha.Em novembro, a Empresa Estadual de Obras Públicas (Emop) estimou que o sistema teria nove estações na Rocinha, percorrendo trecho de 2,5km e operando com capacidade para transportar 30 mil pessoas por dia. O início das obras estava previsto para o fim de 2012.Ontem, a assessoria do governo confirmou que o governador Sérgio Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão programaram uma viagem a Medellín, na Colômbia, para conhecer um conjunto de escadas rolantes instalado em uma favela ao custo de cerca de R$ 10 milhões. A informação foi publicada pelo jornal O Dia: "Vamos ver o que é melhor. Já sabemos que o projeto da escada é muito mais barato do que o teleférico e do que o plano inclinado", disse Pezão. "Quem sabe a escada rolante se adapta? Vamos à Colômbia conhecer."O teleférico do Alemão foi copiado da Colômbia, após uma visita do governador. Procurado ontem pelo Estado, Pezão não deu entrevista. / FELIPE WERNECK

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