Rios do PCJ têm vazão abaixo da esperada mesmo com chuvas

Vazão do Piracicaba, um dos principais do Estado, está mais baixa que a de 2014, quando região viveu a pior crise dos últimos 90 anos

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
Rio Piracicaba em fevereiro, durante época de alta Foto: Estadão

SOROCABA - Embora as chuvas de setembro e outubro estejam acima da média, os rios das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí estão com vazões abaixo da esperada nesta época do ano. A vazão do Rio Piracicaba, um dos principais do Estado, está mais baixa que a de 2014, quando a região viveu a pior crise hídrica dos últimos 90 anos. Nesta terça-feira, 13, à tarde, a vazão era de 19,4 metros cúbicos por segundo, em Piracicaba, conforme o sistema de medição usado pelo Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). No mesmo dia do ano passado, o rio tinha vazão de 40,8 m3/s.

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A perda de volume de água, após as chuvas dos últimos dias, foi rápida. A vazão caiu 15% em 24 horas e está 70% abaixo da média esperada para este mês. No trecho que corta a região central da cidade, as pedras voltaram a aparecer. 

O Rio Atibaia, que abastece Campinas, também tem nível baixo. A vazão, à tarde, estava em 5,83 metros cúbicos por segundo, na passagem por Valinhos, e se aproximava do nível crítico. O Rio Jaguari, também usado para abastecimento público, estava com 7,4 metros cúbicos por segundo - 4 m3/s abaixo do esperado.

De acordo com o Consórcio PCJ, a queda nas vazões tem relação com a menor liberação de água do Sistema Cantareira para os rios da bacia, que diminui o volume dos rios, e com a inexistência de sistemas de reservação abaixo do Cantareira. 

Os reservatórios de Pedreira, no Rio Jaguari, e Duas Pontes, no Camanducaia, projetados para garantir uma grande reserva de água para abastecimento da região, tiveram o início da construção adiado para 2016.

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