
05 de maio de 2012 | 03h05
No sábado à noite, o cinegrafista Marcelo Toscano Bianco voltava do trabalho quando foi abordado por agentes que faziam uma blitz na Rua Francisco Otaviano, no Arpoador. Bianco se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi multado em R$ 1,7 mil por dirigir sem habilitação específica e sem capacete.
"Esse debate se as bicicletas elétricas devem ser consideradas bicicletas como as outras é completamente sem sentido", escreveu o prefeito. "É óbvio que as elétricas devem ser consideradas como as demais e terem garantidas sua liberdade de circulação com as mesmas regras. Na segunda, publicaremos decreto deixando isso claro. A cidade do Rio precisa incentivar o deslocamento por bicicletas."
Os agentes consideraram que o veículo era um ciclomotor, o que precisaria de uma habilitação específica. Mas Bianco diz que foi informado pelo próprio Departamento de Trânsito (Detran) de que só veículos acima de 49 cilindradas têm necessidade de emplacamento e carteira.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente considera as versões elétricas semelhantes às comuns e, portanto, também vê equívoco na aplicação das autuações. Paes destaca ainda que as multas aplicadas ao ciclista por agentes da lei seca foram um acontecimento atípico, que acabou com os policiais afastados.
Além da autuação irregular, a blitz da lei seca no Arpoador havia sido montada em cima de uma ciclovia. Uma das tendas da operação obstruía a passagem das bicicletas. O governo do Estado reconheceu a irregularidade e puniu os coordenadores da blitze. / GHEISA LESSA
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