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Revisão de lei pode obrigar hidrômetro individual em prédios

Projeto revisa o Código de Obras; se aprovada pela Câmara, medida valerá para novos condomínios comerciais e residenciais

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Por Adriana Ferraz
Atualização:
Exigência começou a ser debatida na Casa no auge da crise hídrica Foto: CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO

SÃO PAULO - O projeto que revisa o Código de Obras - lei que determina as regras da construção civil na capital paulista - obriga todas os novos prédios a dispor de medição individual de água. Se aprovada pela Câmara Municipal, a medida valerá tanto para condomínios comerciais como residenciais.

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A exigência começou a ser debatida na Casa no auge da crise hídrica, quando os vereadores aprovaram a cobrança de multa para quem fosse flagrado lavando a calçada ou o carro com água potável. Com ela, a expectativa é que o consumo de água possa ser reduzido. No Rio, novas construções são obrigadas a ter hidrômetro individual desde 2011.

Elaborada pela gestão Fernando Haddad (PT), o novo Código de Obras tem como meta principal a desburocratização do processo de aprovação de projetos na Prefeitura. Entre as mudanças sugeridas pelo governo estão o fim da apresentação de planta em papel (só será aceita a versão digital) e a criação de um modelo simplificado, onde as divisões internas dos apartamentos, por exemplo, não precisam mais ser informadas.

Segundo o vereador Nabil Bonduki (PT), os engenheiros e arquitetos que assinam os projetos serão os responsáveis pelas informações prestadas. Com a mudança, a Prefeitura só vai fiscalizar os dados das áreas externas e os critérios estabelecidos na Lei de Zoneamento, como limite de altura dos prédios.

"Essa lei pode reduzir o custo dos projetos, o risco de haver corrupção no processo e o tempo de construção", diz Bonduki. Em tempos de crise, a meta também é baratear o preço final da unidade.

A expectativa do governo é votar o projeto em definitivo até o fim deste semestre. Nesta terça, a proposta foi aprovada pelas comissões parlamentares e já pode ser colocada em votação. Para virar lei, será preciso duas aprovações em plenário e sanção do prefeito Haddad.

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