
22 Março 2012 | 03h02
O ministro da Polícia australiana, Michael Gallacher, visitou ontem o cônsul-geral do Brasil em Sydney, Americo Dyott Fontenelle, para oferecer as condolências oficiais do governo de Nova Gales do Sul aos familiares e à comunidade brasileira. Segundo informações internas, porém, a conversa "decepcionou os brasileiros".
As autoridades brasileiras esperavam por novidades quanto à investigação e a presença de pelo menos uma autoridade policial para discutir detalhes do caso ocorrido na Pitt Street. Apesar de afirmar que todas as providências necessárias para esclarecer o crime estão sendo tomadas, Gallacher não divulgou nenhuma informação sobre as investigações policiais em andamento.
O caso também está sendo acompanhado diretamente pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. Ele passou a ser informado regularmente do desenrolar dos acontecimentos pela Embaixada do Brasil na Austrália.
Repreensão. Em Brasília, o caso também ganha cada vez mais repercussão. O Estado apurou que o cônsul adjunto do Brasil na Austrália, André Luís Costa Souza, foi repreendido diretamente pelo Itamaraty. Para as autoridades brasileiras, as declarações do cônsul têm sido "excessivas" e não colaboram com o avanço das investigações policiais na Austrália.
Aos jornais brasileiros, Souza disse que a ação da polícia foi "irresponsável". Ao Estado, disse ter certeza de que a morte do brasileiro e o roubo em um café são "dois crimes diferentes". Já o governo australiano informou que só vai se pronunciar depois das investigações. / J.B.
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