28 de agosto de 2013 | 02h01
O empresário José Honório da Silva, de 44 anos, chegava de carro a sua casa em uma rua na frente do desabamento quando ouviu um barulho. Uma cortina de pó avançou em sua direção. "Eles (os resgatados) só choravam e falavam que havia muitos colegas mortos no escombro. Queriam que ajudassem os colegas." Segundo ele, os bombeiros chegaram em 15 minutos.
O trabalho da equipe de resgate, então, consistiu em abrir caminho debaixo dos escombros até onde estavam as vítimas. Para evitar um novo desabamento, eles evitavam usar máquinas e abriam caminho nos destroços com picaretas. A entrada era escorada por pedaços de madeira.
O capitão dos bombeiros Marcos Palumbo afirmou que as vítimas só sobreviveram porque estavam em bolsões de ar entre as lajes. Por meio de duas aberturas, elas e a equipe de resgate iam se comunicando. Um dos trabalhadores usou um rádio para ajudar os bombeiros a achá-lo nos escombros.
Para facilitar o trabalho de localização, os bombeiros fizeram um croqui do prédio. Boa parte das vítimas estava no centro do imóvel, no andar térreo, em uma área que funcionava como centro de logística da construção. "No meio das duas lajes, sobrou um espaço muito pequeno, escuro e totalmente de difícil acesso", descreveu o coronel do Corpo de Bombeiros Reginaldo Repulho.
O sargento Marcelo Dias, também dos bombeiros, informou que foram usados cinco cães das raças labrador e pastor belga para facilitar a localização das vítimas. "Os cães sinalizaram em quatro pontos. E é onde estão fazendo as buscas", explicou Dias.
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