
17 de março de 2015 | 12h25
Champinha foi condenado pelos assassinatos do casal Felippe Caffé e Liana Friedenbach cometidos em 2003 na Região Metropolitana de São Paulo. Então com 16 anos de idade, o seu envolvimento nos assassinatos acendeu o debate sobre a maioridade penal
Em 2006, após ter cumprido o período de três anos de internação, um laudo psiquiátrico do Instituto Médico Legal (IML) atestou que o jovem não tinha condições de retornar ao convívio social
Em 2007, o governo paulista cria a Unidade Experimental de Saúde (UES) para atender adolescentes com distúrbios psicológicos. Com laudos que confirmam a impossibilidade de conceder sua liberdade, Champinha se torna o primeiro interno da unidade
Entre 2007 e 2015, a defesa de Champinha entrou com recursos para alterar sua forma de internação, conceder a sua liberdade e anular a condenação no processo de homicídio. Em todas as instâncias judiciais, no entanto, os apelos foram negados
A situação lembra o famoso caso de Francisco da Costa Rocha, o Chico Picadinho, que permanece preso até hoje após crimes nos anos 1970. Levanta-se o debate sobre a existência de uma prisão perpétua velada, apesar de não haver nos dispositivos legais
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.