06 de dezembro de 2012 | 23h49
A morte da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, e a tentativa de assassinato do ativista Josilmar Macário dos Santos, que foi ameaçado após investigar a morte do irmão por policiais, estão relatados no documento.
Foram analisados casos de ameaças e agressões sofridas por 300 ativistas latino-americanos entre janeiro de 2010 e setembro de 2012. Em só cinco ocorrências os responsáveis foram punidos. "A impunidade e a falta de consequências para os crimes cometidos mostram um dado desanimador. Isso sinaliza uma certa autorização para que a violência continue a ser utilizada como instrumento. É tudo o que não queremos", afirma o presidente da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque.
Dos casos analisados no relatório, quase um terço dos defensores em situação de risco é de ativistas que combatem a violência e a corrupção. Os outros três casos citados envolvem conflitos por terra e recursos naturais.
Um deles, também no Rio, é o dos pescadores da Associação Homens e Mulheres do Mar, que se opõe à construção de polo petroquímico na Baía de Guanabara. Os demais vêm ocorrendo no Norte do País: há ameaças à ambientalista Laísa Santos Sampaio, líder de grupo de extrativistas, no Pará, e a lideranças quilombolas no Maranhão.
De acordo com o relatório, nos últimos dois anos pelo menos 20 ativistas foram assassinados por fazerem campanha contra a extração ilegal de madeira na região amazônica.
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