Reitoria da USP pedirá reintegração de posse

Alunos farão hoje assembleia para definir futuro do protesto. Reitor não se manifesta

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Por Carlos Lordelo , Marcio Pinho e Nataly Costa
Atualização:

Cerca de 30 estudantes permaneciam ontem à tarde do lado de fora da Reitoria - a maioria cobria o rosto com panos e camisas, mas já sem pedras e paus que usaram na ocupação. Uma assembleia foi marcada para as 20h de hoje, quando deve ser decidido se a ocupação da Reitoria vai continuar. A invasão deve afetar serviços importantes que funcionam no local. Bolsas de estudo, convênios, serviços administrativos das pró-reitorias e de recursos humanos são alguns deles. Os funcionários dessas áreas devem trabalhar temporariamente em outros edifícios enquanto durar a ocupação.O expediente do reitor João Grandino Rodas também será afetado - seu gabinete foi ocupado pelos estudantes. Até que a situação se resolva, ele vai despachar de outros lugares e até de fora do câmpus. Alguns funcionários da Reitoria foram trabalhar ontem, mas nem chegaram a entrar no prédio.O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não falou ontem sobre o assunto.Faxina. Ontem, o prédio da FFLCH continuava ocupado durante o dia - os alunos prometeram fazer uma faxina para deixar o local "do jeito que encontraram". O prédio está pichado com inscrições "Fora Rodas" e "Fora PM". Apesar dos protestos, a presença da PM seguiu como de rotina, com cinco carros circulando pelo câmpus. Francisco de Oliveira e Luiz Renato Martins, professores da FFLCH e da Escola de Comunicação e Artes (ECA), visitaram a Reitoria ontem para manifestar apoio à ocupação.

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