Reforma administrativa feita por Doria em secretarias é inconstitucional, decide Justiça

Reforma implementada pelo tucano alterou e extinguiu secretarias criadas por lei. TJ determina que pastas, como a de Políticas para Mulheres, voltem a existir

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira, 7, pela inconstitucionalidade da reforma administrativa implementada pela então gestão João Doria (PSDB) na Prefeitura de São Paulo, que alterou ou extinguiu secretarias criadas por lei por meio de um decreto. A decisão, de quase 500 páginas, afirma que secretarias fechadas, como a de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial, voltem a existir, e que a Procuradoria-Geral do Município deixe de ser vinculada à Secretaria Municipal da Justiça.

 + Para lembrar: Doria fundiu quatro ‘secretarias sociais’ em uma

Doria extinguiu, por decreto, pastas que haviam sido criadas por lei, segundo entendimento da Justiça Foto: Nilton Fukuda/Estadão

PUBLICIDADE

A ação, proposta pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, atendeu pedido proposto pela bancada do PT na Câmara. As secretarias extintas haviam sido criadas na gestão Fernando Haddad, do mesmo partido. O entendimento foi que um decreto não tem poder para cancelar uma lei, que havia sido aprovada pela Câmara Municipal.

A decisão dá prazo de 120 dias para a Prefeitura se adaptar. Além das mudanças nas secretarias, a portaria de Doria mudou nomes e atribuições de cargos públicos, que agora terão de voltar ao que eram. Por meio de nota, a Prefeitura informou que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de um pedido de recurso extraordinário. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.